terça-feira, 30 de novembro de 2010

Experiências no Labirinto

Mediar é isso mesmo?

             A mediação experimental a qual estamos praticando nesta exposição, pode ser direcionada a uma interseção de saberes que naturalmente se relacionam em um tipo de vivência, que notadamente pode ser apreciada de forma coletiva e singular ou individual e plural.

            No momento de sua prática, a mediação se dá permeada pela intuição, instigação e interpretação “pluridimencional” das experiências deflagradas e vai muito além das relações ali postas. É com clareza que percebo que, na falta de algum destes elementos supracitados, a mediação experimental pode não ocorrer com sucesso. Não digo com isso que há uma fórmula para mediar e sim que seja necessário um esforço próprio para tal.

            A partir dessa reflexão posso relacionar que para a obtenção de algum ou total sucesso na prática de mediar é necessário “Virtu e Fortuna”, ou em outras palavras, estar no lugar certo na hora exata, ou então simplesmente, ter do seu lado, a técnica (Virtu) e um pouco de sorte (Fortuna).


Rodrigo de Oliveira


Rodrigo de Oliveira



 Área Aberta do Mito

    Queijo, Carrossel, Caracol, tribo. Esse lugar misterioso já recebeu diversas definições que foram verbalizadas durante provocações feitas na mediação, mas nenhuma me chamou mais atenção quanto “Arena”. Pois, mãe e filho encontraram duas varas de bambu colocadas encima das traves suspensas, aquelas traves de madeira que lembram coincidentemente a clarabóia da Casa França Brasil.

   Em relato, disseram literalmente lutar de forma quase cenográfica naquele ambiente, onde uma quantidade grande de visitantes expuseram estar em um lugar que lhes remete liberdade no sentido de espaço.

   Esse ambiente é realmente tudo isso. E a liberdade se dá na criatividade de quem o utiliza verdadeiramente, e que de certa forma se permite libertar-se ao entrar no pequeno, grande e misterioso penetrável do jeito que  mãe e filho fizeram.   


Rodrigo de Oliveira





Rodrigo de Oliveira Paes faz parte da equipe de mediadores da exposição "Hélio Oiticica: Museu é o Mundo", dentro do Programa Educativo Experiências no Labirinto. É Assistente Social, Músico e Artesão. Além de coordenar uma oficina de Arte ação ambiental, de construção de instrumentos musicais com material reaproveitado em Niterói, dentro do Departamento de Arte Educação do MAC.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Seminário: O Legado de Hélio Oiticica para Educação



Reunindo textos e experiências do imaginário de inventos de Oiticica, este seminário terá como ponto de convergência o horizonte potencial para pesquisas cognitivas e sensoriais para a educação, apontando para diferentes aspectos e possibilidades do legado e das práticas ambientais e éticas de Oiticia. O seminário fará parte do Programa de Seminários da exposição.


Debatedores:

Frederico Coelho
Ricardo Basbaum
Jessica Gogan
Luiz Guilherme Vergara


O Legado de Hélio Oiticica para Educação, Casa França Brasil



Áudio do seminário disponível para download:

O Legado de Hélio Oiticica para Educação

Download part 1 
Download part 2

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Encontros de Aprofundamentos


  
Ignês Albuquerque e João Modé – Educação infantil: 16/10

Em nosso primeiro encontro de aprofundamento, recebemos a educadora Ignes Albuquerque e o artista plástico João Modé. Partindo de sua pesquisa sobre a educação formal e informal de Helio Oiticica, Ignes apresentou sua própria experiência como educadora, especialmente em instituições de arte. Mostrou várias imagens e, com os professores, intercalou, com inteligência, dinâmicas e reflexões sobre Educação infantil.






João Modé ofereceu sua contribuição poética ao tema do encontro. O artista encerrou a tarde com a atividade “Sopa de letrinha”, que se desdobrou em inúmeras reflexões sobre a educação em nosso dia a dia e sobre a necessidade de atualizar as questões presentes na obra de Oiticica para que faça sentido ao jovem de hoje.





Andrea Jabor - Educação ambiental: 30/10

No segundo encontro de Aprofundamentos, começamos com a coordenadora da equipe de mediadores Ana Paula Chaves apresentando as abordagens desenvolvidas para a exposição Helio Oiticica: o museu é o mundo. Em seguida, as mediadoras cegas Camila Alves e Virgínia Menezes fizeram breve e precisa reflexão sobre suas experiências com o público da exposição.

Camila Alves e Virgínia Menezes


Guilherme Vergara apresentou os conceitos para a tarde e Analu Cunha algumas instigações para o corpo no mundo em que vivemos. Em seguida, a coreógrafa Andrea Jabor provocou uma série de dinâmicas e provou que não tem educador ruim da cabeça, nem doente do pé…




Assistimos vídeos sobre samba e após o tradicional bate-papo, encerramos com o corpo cansado, mas com a alma revigorada.




 
Ronald Duarte - Educação para os artistas: 13/11

A coordenadora da equipe de mediadores Maíra Dias abriu o último encontro fazendo um breve resumo do trabalho que vem desenvolvendo com Ana Paula Chaves. Como a tarde era dedicada à  educação para os artistas, começamos ouvindo as experiências dos jovens artistas André Ranaud, Fernando Codeço e Julia Pombo, que trabalham com mediação na exposição.

Fernando Codeço


Logo depois, o artista Ronald Duarte comentou o percurso histórico de Hélio Oiticica para, em seguida, apresentar vídeos que registram suas próprias ações em espaço público.  Após o cafezinho, o artista distribuiu trechos da poesia dos heterônimos de Fernando Pessoa como fonte de inspiração para fotografias analógicas no entorno da Casa França-Brasil. Não poderia haver final mais coerente com a série Aprofundamentos! Encerramos com a descrição e interpretação poética das fotos, que, reveladas, poderão finalmente ser visualizadas em breve, aqui mesmo.







Analu Cunha
Coordenadora das Casa Abertas/Encontros de Aprofundamento

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Casas Abertas

Cada um dos 3 encontros teve um formato. No primeiro (10/9), Jessica Gogan e Guilherme Vergara apresentaram os conceitos e as abordagens desenvolvidos, em paralelo com a obra de Hélio Oiticica, para “Experiências no labirinto”. 

Após a divisão do grupo, uma metade visitou o segmento da exposição montado no Paço Imperial e realizou a dinâmica “As quatro estações”; a outra metade seguiu para a Casa França-Brasil, onde vivenciou as obras e participou da atividade “O labirinto”, conduzida por Analu Cunha. Em seguida, os dois grupos se revezaram e, finalmente, se reuniram novamente em um gostoso bate-papo na Sala dos Archeiros, no Paço Imperial.





No segundo encontro (18/9), Analu Cunha e Ignês Albuquerque recepcionaram os educadores. Aquecidos pela atividade do labirinto, foram divididos em grupos e desafiados a apresentarem uma obra da exposição. O resultado foi surpreendente! Em seguida, Analu e Ignês discorreram, respectivamente, sobre a trajetória do artista e a abordagem pedagógica, esta seguida da atividade “As quatro estações”. Uma visita muito especial com Camila e Virgínia – nossas mediadoras cegas – nas obras da Casa França-Brasil encerrou o dia.




O terceiro (2/10), foi conduzido por Guilherme Vergara e Analu Cunha em parceria com os educadores, que deram um show de curadoria apresentando as obras escolhidas pelos grupos! Depois das atividades na Casa França-Brasil, encerramos com trocas e depoimentos sobre a tarde extremamente agradável que passamos juntos.

Analu Cunha